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VIDEOAULAS OU VIDEOS EDUCATIVOS? Tudo uma questão de foco?
Por Enilton Ferreira
Rocha, Nov. 2015
Ainda temos dificuldades em compreender as diferenças, e se
elas existem, entre vídeos educativos e videoaulas? Do ponto de vista
educacional parece-me tudo uma questão de foco. Mas para José Moran e Ferrés devem-se
considerar seis tipologias, em suas dimensões pedagógicas, para que possamos avaliar
a melhor estratégia de uso, de modo a explorá-las adequadamente e conseguir os
objetivos atribuídos às características desses vídeos na mediação da ação
docente. Buscando desvelar e compreender essas variações e de que modo, cada
uma delas, isoladamente ou conjugadas poderiam contribuir para a Inovação
pedagógica no curso de pedagogia a distância, da FUMEC; realizou-se no período
de 15 a 26 de novembro o Workshop - Vídeo educativo na inovação pedagógica.
Graças ao empenho e a ação efetiva da turma de pedagogos,
professores e técnicos que compõe a equipe do projeto Inovação Pedagógica da
universidade e que participaram desse evento, pode-se dizer que tanto do ponto
de vista conceitual quanto das potencialidades desveladas durante o Workshop, o
resultado alcançado foi acima da expectativa.
Dentre os pontos observados durante a condução desse evento,
acerca das intervenções que contribuíram para esse resultado, alguns merecem uma
atenção especial:
- A capacidade crítica comparativa, do grupo, em
relação às seis classificações apresentadas pelos autores nos textos escolhidos
para análise (Videolição, Videoapoio, Programa motivador, Videoprocesso,
Programa monoconceitual, Vídeo interativo).
- O modo como o grupo reagiu diante da
necessidade de buscar novas alternativas que agreguem novos valores, desde a
compreensão teórica sobre a importância do vídeo no processo de ensino, à
reflexão crítica sobre o que estamos fazendo e onde queremos chegar com as
potencialidades do vídeo educativo.
- A crítica, construtiva, sobre a transposição
para a videoaula atual do que estamos acostumados a fazer no presencial.
- O cuidado em manter um equilíbrio entre a
proposta de inovar no curso de pedagogia a distância da Fumec (aprendizagem
baseada em desafios, vídeos educativos, novo sistema de avaliação, plantões
híbridos (online e presencial), sala de aula invertida, potencialidades de
gamificação etc.) e os vídeos tradicionais gravados anteriormente, de modo a
não enfraquecer a ideia do inovar que se quer para a nova fase do curso.
- A importância da exploração de outras mídias
interativas no AVA, para reforçar a nova proposta de vídeos educativos na EaD
da Fumec.
- Reavaliar a ação do tutor diante da perspectiva
de o vídeo ser um dos elementos de reforço na aprendizagem e instrumento didático
no trabalho de mediação pedagógica feita por ele.
- Permitir que o aluno tenha a opção de decisão
enquanto assiste ao vídeo, na perspectiva pedagógica do videoprocesso
recomendado pelos autores Moran e Ferrés.
- A importância de ver
os direitos autorais não como um empecilho à inovação, mas como uma garantia de
qualidade e que pode ser trabalhada com segurança, utilizando novas
alternativas algumas das quais apresentadas durante o encontro.
- A importância de
explorar o uso da segunda câmera, compreendendo-a como mais uma possibilidade
de enriquecimento das dimensões pedagógicas do vídeo educativo. Como uma
possibilidade concreta de sair do quadrado da gravação tradicional (mais
comunicativa que pedagógica).
- A importância de
explorar a gravação de externas e os impactos técnicos de contextos e de
ambientes no resultado do vídeo.
- A possibilidade de misturar vídeos online com vídeos
gravados, bem como a inserção de diálogos entre dois especialistas, em mesa
redonda, como potencialidades pedagógico-andragógicas acerca de um determinado
tema e objetivo esperado.
- O esforço pedagógico de substituir o powerpoint por
interfaces mais interativas, menos textuais e mais comunicativas, usando a
convergência de mídias e tecnologias 3D.
- A importância de o
professor desenvolver a linguagem audiovisual, importante elemento no resultado
da comunicação entre ele e o aluno que assiste ao vídeo.
Enfim, foi uma rica experiência! E a aplicação da técnica
Retrato de Vivência como metodologia contribuiu fortemente para os resultados
alcançados. Agora é acompanhar o desenrolar desse novo modo de usar o vídeo nas
atividades de aprendizagem do curso de pedagogia a distância, da FUMEC.
Referência:
VICENTINI, Gustavo W; DOMINGUES, Maria J. C. de S. O uso do vídeo como instrumento didático e
educativo em sala de aula. Disponível em: :http://home.furb.br/mariadomingues/site/publicacoes/2008/eventos/evento-2008-09.pdf
Acesso em 19 nov. 2015.
GUDWIN, Ricardo. Aprendizagem Ativa. Disponível em:
<http://faculty.dca.fee.unicamp.br/gudwin/activelearning>. Acesso em: 27
set. 2013.
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