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Título: Sociologia Organizacional: aspectos relevantes da organização burocrática e seus contextos institucionais
Resumo:

Este artigo propõe uma pequena reflexão sobre os aspectos relevantes do impacto da organização burocrática e seus contextos institucionais do ponto de vista sociológico. Apresenta uma síntese desses aspectos destacando a visão burocrática de Max Weber, as relações interpessoal e intrapessoal, a importância da hierarquia e das competências na visão corporativa, a importância do processo de comunicação institucional na organização, entre outros. Pretende, ainda, chamar a atenção do leitor para a influência da sociologia organizacional no planejamento das ações da educação corporativa.

Palavras-chave:

Processo burocrático. Hierarquia, Liderança, Comunicação e Competências. Educação Corporativa.

Artigo na íntegra:  


Data da publicação: 23 de outubro de 2017
Área de conhecimento: Educação corporativa a distância
Arquivo: Documento PDF sociologia organizacional mba.pdf


Título: ATRAÇÃO, RETENÇÃO E FORMAÇÃO: desafios em tempos difíceis no ensino superior.
Resumo: Ao receber o convite da Pearson para esse debate fiquei surpreso com o tema e, para aumentar o nível de expectativa, a organização do evento incluiu na lista de convidados nomes de destaques na comunidade acadêmica, a exemplo dos professores Renato e Luciano.

Foi um prazer enorme ficar cara a cara e conversar com o Prof. Luciano Meira(https://youtu.be/CjUeeYTmZ4w)  a quem admiro muito, não só pela sua capacidade de juntar o complexo acadêmico à prática universitária com a mesma sabedoria de um bom educador, como também pela qualidade do que tem produzido para mudar os rumos da educação no País.

A seguir, alguns apontamentos da minha interpretação/compreensão registrados durante o colóquio, que acredito possam contribuir para reflexões atuais e futuras no campo do ensino superior brasileiro.

Palavras-chave:

Atração, Retenção, Formação, Inovação, Ensino Superior 

Artigo na íntegra:  

 

ATRAÇÃO, RETENÇÃO E FORMAÇÃO: desafios em tempos difíceis no ensino superior.

Relato-Resumo

Por Enilton Ferreira Rocha,

Lattes:­­ http://lattes.cnpq.br/1682585826032961

 

Centro de Convenções - Hotel Pullman: Vila Olímpia

Local: São Paulo

Data: 01 e 02 de setembro de 2016

Organização: PEARSON

Keynote Speakers (Convidados):

Renato Janine Ribeiro - Ex-Ministro da Educação (2015) Lattes:(http://lattes.cnpq.br/9987610379141827)

Luciano Meira - Educador, Pesquisador e Educador (UFPE) L

Lattes: (http://lattes.cnpq.br/0903590025049309)

Willian Lin - Instituto 9c

Ao receber o convite da Pearson para esse debate fiquei surpreso com o tema e, para aumentar o nível de expectativa, a organização do evento incluiu na lista de convidados nomes de destaques na comunidade acadêmica, a exemplo dos professores Renato e Luciano.

Foi um prazer enorme ficar cara a cara e conversar com o Prof. Luciano Meira (https://www.youtube.com/watch?v=CjUeeYTmZ4w) a quem admiro muito, não só pela sua capacidade de juntar o complexo acadêmico à prática universitária com a mesma sabedoria de um bom educador, como também pela qualidade do que tem produzido para mudar os rumos da educação no País.

A seguir, alguns apontamentos da minha interpretação/compreensão registrados durante o colóquio, que acredito possam contribuir para reflexões atuais e futuras no campo do ensino superior brasileiro.

Cenários do Ensino Superior Brasileiro (Prof. Renato Janine Ribeiro)

Do ponto de vista do FIES

Destaquei alguns pontos que considerei relevantes para este paper começando pelo impacto do FIES no ensino superior. Segundo ele, na perspectiva de subsidiar o acesso de milhões de brasileiros ao ensino superior no Brasil, se o FIES, em sua implementação, está ruim, “sem ele ficará pior”. O que faz a diferença nessa proposta governamental é a qualidade dos cursos que serão oferecidos. O FIES, em sua proposta original, deveria priorizar as áreas da Saúde, Engenharia e Formação de Professores, do mesmo modo as regiões do País com maior IDH. Do ponto de vista do acesso, a seleção é baseada na meritocracia pela nota do ENEM e isso pode, de certo modo, estar na contramão do objetivo do FIES, reduzindo a quantidade de beneficiários. No âmbito geral, o FIES deveria ser bom para o aluno, para a sociedade e para as IESs. Nesse tripé observa-se que há uma deficiência em relação ao pouco resultado prático para o aluno, principalmente no aspecto da empregabilidade. Essa deficiência estaria influenciando na retenção dos alunos? Destacou, o ex-ministro, que no cardápio de oferta do ensino superior temos cursos que oferecem conteúdos com 50% a 70% que não garantem empregabilidade ou não contribuem para a aprendizagem significativa. Isso pode ser impactante do ponto de vista de resultados práticos, de coerência acadêmica entre a entrada universitária e a quantidade de egressos oferecidos à sociedade produtiva. Nesse cenário pergunta-se: o que desenhar, do ponto de vista curricular, para tornar a oferta do ensino superior atraente ao candidato ao FIES?

No ranking da procura, estão os cursos cujos currículos são tradicionais e isso pode, de certo modo, dificultar a disruptura na oferta, mas o cenário atual é favorável a essa reorganização ou desorganização mesmo nessa procura, de modo a aproximar ainda mais esses cursos aos seus candidatos, com atenção especial à urgência em se preocupar com a investigação temática envolvendo atração, retenção e formação.

São eles: 1º lugar, direito (10,4,%) de 2 milhões e 800 mil; 2º administração (10,2%), 3º Pedagogia (8,3%) e 10º Engenharia Produção (2,1%) entre os 10 primeiros lugares.

Problemas de atração e retenção

Segundo a exposição apresentada pelo professor, há no Brasil um grande descompasso entre as áreas de formação e os milhões de brasileiros que não se empregam em suas áreas de formação. Como oferecer currículos que sejam bons para os interesses das IES e que atendam às expectativas dos seus candidatos universitários? Essa talvez seja a grande urgência das universidades que se preocupam com a atração e retenção, tanto no aspecto econômico-social quanto na qualidade formativa do egresso. Reter perpassa pela capacidade da IES de oferecer currículos e modelos de aprendizagem que fazem o aluno vestir a camisa da sua escola, além de estabelecer um vínculo acadêmico duradouro e formativo. Ainda nesse contexto, é bom que as universidades façam um exercício de autorreflexão quanto aos questionamentos da sociedade contemporânea: diploma = emprego? Por que as pessoas estudam na sua universidade? Diploma possui prazo de validade? O que as IES estão fazendo para renovar/ressignificar esse diploma? Por que ainda muitas IES oferecem currículos tradicionais ou defasados? Isso poderia estar impactando na redução da retenção acadêmico-universitária? Ou na atração? O que seria pior para a IES e para a sociedade nos dois casos?

O que não adianta

Convêm destacar, nos diálogos com o convidado, a consideração ao fato de que muitas IES brasileiras insistem em formatar e oferecer cursos de “fôlego curto”. Além disso, é preciso separar treinamento de formação nas universidades que ainda não descobriram essa imensa diferença... e que, na sociedade atual imediatista e digital separar o joio do trigo é fundamental. Currículos longos e fora da expectativa da sociedade produtiva são tão prejudiciais à retenção quanto aos cursos em formato de treinamento...

O que adianta

Do ponto de vista formativo e da retenção, apesar do excesso de informações que bombardeam a sociedade digital, diariamente, nas redes sociais e em dispositivos móveis, manter a qualidade do ensino universitário é fundamental. É ser diferente, inovador... Nesse aspecto, recomenda-se investir no formativo, na educação que faz o aluno, por exemplo, descobrir “o olho da engenharia” ou “o olho da administração”. Isso significar dizer que o aluno seja capaz, como egresso, de possuir mais um olho, o olho do mundo na sua área formativa. Investir em tecnologia, tanto em laboratórios pedagógicos quanto na formação continuada de professores e alunos é também uma poderosa arma nos processos de retenção e formação. É ilusório acreditar que a inovação vem da unilateralidade pedagógica. Investir em indicadores de desempenho das pessoas nessa conjuntura é acreditar na diferença, na inovação. Reter bons professores faz uma grande diferença nesse cenário, mas o professor precisa compreender o seu novo papel acadêmico-social, precisa atualizar-se, inclusive tecnologicamente, e valorizar a importância da sua “sabedoria” em utilizar o seu conhecimento na formação do egresso. Conteúdo é farto, mas o professor é essencial (Janine, SP, 2016)

Graduação para a vida

Humanizar é preciso... e a educação, segundo o que se observa no movimento global a favor de uma educação para a vida, deve ser pautada em currículos universitários cuja intenção seja a de desorganizar os modelos tradicionais nesse nível de aprendizagem, tendo, como base fundamental para essa mudança, a recomendação de investir misturando matérias da VIDA aos contextos curriculares e da aprendizagem que possam permitir aos alunos a oportunidade de reflexões e intervenções como diferenciais para um olhar que veja não apenas um mundo novo, mas, também, que o veja de modo conectado (Janine, SP, 2016). Nesse momento dos diálogos surgiram alguns questionamentos entre os pares do colóquio: inovar não pode estar associado aos games na educação, até porque quanto tempo esse artefato tecnológico vai durar como estratégia de aprendizagem? Não seria mais inovador investir em alternativas pedagógico-andragógicas de letramento cultural e científico, domínio de português, inglês e historia? Investir nas competências das relações humanas na aprendizagem? Por exemplo?

Sob esse olhar, surge como elemento fundamental a formação contínua da equipe multidisciplinar ligada diretamente à formação nas universidades, com destaque para o conhecimento da ética com o objetivo de formar pessoas mais humanas, formar pessoas que possuam o domínio de humanidades no convívio social e acadêmico, e, sobretudo, preparar o aluno universitário para conviver com várias profissões que desaparecerão ao longo de sua vida, em especial aquelas que estão na mira do avanço indiscriminado das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação, NTICs.

Conhecimento com prazo de validade

Pensar que o conhecimento, enquanto motor formativo e de impactos sociais, culturais e de empregabilidade, estará disponível apenas nas salas de aula hierárquicas e institucionais, pode constituir-se em um desastre acadêmico-institucional. Nessa hipótese, a urgência em cursos mais curtos e contextualizados contribui para amenizar e reduzir a defasagem entre o que se procura e a oferta de cursos superiores. Mas para isso é imperativo considerar a distinção entre treinamento e formação e investir em atualização constante da competência acadêmica do corpo docente. Sob essa perspectiva, há um movimento mundial de integração entre IESs. Desse modo, há de se questionar: por que insistir em cursos tradicionais?

 Conquistando com excelência no ensino superior (Atração e retenção, aspectos a considerar) (Willian Lin - Instituto 9c)

Nesse momento do debate a atenção especial ficou por conta da humanização nas relações de atendimento aos candidatos, nas relações entre professores e alunos e entre a IES e sua comunidade. Segundo o interlocutor desse tema no evento, é preciso perceber e oferecer oportunidades de realização dos sonhos do aluno. Nesse sentido, preocupar-se com a inteligência emocional nas relações de aprendizagem e de prestação de serviços é tão importante quanto a preocupação de ensinar com qualidade. Os nossos professores estão preparados para essa missão humanista além da sala de aula? Estão preparados para as comunidades de aprendizagem para a vida, onde se interessar pelo outro (quem é você, de onde veio, o que veio buscar na minha escola, quem é a sua família?) é parte indissociável da estratégia de aprendizagem. Por que não adotar essa medida na escola oficial/tradicional? Do ponto de vista da atração, esse cuidado talvez seja o grande diferencial em relação aos concorrentes. Talvez seja a grande jogada de marketing no processo de atração. Atender além das expectativas não é mais diferencial na atração, mas uma questão de sobrevivência no “mercado educacional”.

Segundo o convidado Lin, Quality Service Management pela Disney Institute, humanizar na oferta de serviços educacionais significa, por exemplo, estar atento ao que pode ser feito pelo aluno utilizando a comunicação bilateral em interfaces do seu dia a dia: dispositivos móveis e redes sociais por exemplo. Significa comunicar-se de modo efetivo com o aluno, utilizando as competências internas da IES para que a escola não se afaste dos interesses do aluno.

Outro ponto de atenção nesse diálogo foi a recomendação para a investigação sobre elementos da emoção do aluno, de modo a aproximá-lo, também, pela humanização. Talvez no design da promoção de eventos sociais e campanhas de marketing de atração e aproximação. É preciso observar “os detalhes” que contribuem ou reduzem a capacidade de atração e continuidade; é preciso atenção especial ao processo de “comparação” consciente ou inconsciente que os alunos fazem enquanto principal personagem de impacto no processo de atração.

Do ponto de vista do atendimento, o que estamos fazendo para atender melhor o nosso aluno? Há entusiasmo da equipe de atendimento na IES ofertante? Há investimento contínuo na infraestrutura de atendimento ao aluno?A IES costuma parabenizar os seus melhores alunos ou aqueles que vestem a sua camisa? O que o aluno sabe sobre a história da sua escola, sobre o perfil dos seus dirigentes?

Para finalizar, o Sr. Lin deixou a seguinte reflexão: todas as pessoas em uma equipe de trabalho são importantes e devem estar conectadas com o mesmo objetivo, a mesma meta... “Só vende, atrai e mantém quem atende bem e com atenção diferenciada” (Lin, SP,2016).

 Retenção: inovação no ensino superior (Estratégias baseadas na inovação) (Prof. Luciano Meira)

Neste momento dos debates, o prof. Meira abre espaço para intervenções sobre o conceito de inovação. Segundo ele, inovar acontece quando alguém consegue servir a sociedade. Apresentou para instigar o debate o MC - Mapa Conceitual da sua tese, conforme se segue:

Inovação segundo Meira, SP, 2016.

Neste design, como proposta de inovação, não basta inovar para agregar valor se não há mudança de comportamento, se os resultados apurados não servem à sociedade em seus anseios sociais, culturais e de empregabilidade.

Destacou que no campo da pesquisa a inovação tem seu espaço para atender às demandas sociais, mesmo que no campo da aplicação. Nesse processo combinado entre pesquisa e inovação, a pesquisa básica deve servir de orientação para o inovar nas aplicações de cunho social. A mudança de comportamento pode ser o melhor indicador de inovação, e acredita-se que para isso a utilização de plataformas familiares e amigáveis pode favorecer e fortalecer os impactos da inovação na educação.

Discutiu-se nesse momento, a defasagem da ação de professores e pedagogos do século 19 no atendimento aos alunos do século 21. Observou-se durante esse questionamento a urgência de explorar, nessa dicotomia, a necessidade de inovar com a participação da família, inovar permitindo ao professor que ele tenha acesso ao avanço tecnológico que lhe dê conforto tecnológico-digital. Inovar nesse descompasso pode ser usar o marketing social em rede para desenvolver a consciência da aprendizagem colaborativo-cooperativa. Sugeriu, o prof. Meira, como ponto de partida, do ponto de vista da aprendizagem ativa, que a inovação acadêmica possa ter início com a introdução da aprendizagem baseada em projeto ou desafios, a exemplo do que foi demonstrado em suas práticas na Universidade Federal de Pernambuco, sob seu comando. Recomendou ainda que nessa proposta a interdisciplinaridade e a equipe multifunção não podem ser ignoradas sob pena de resultados pífios a serem apurados.

Do ponto de vista educacional, a inovação deve trilhar por um caminho rumo à retenção combinada com as realidades dos alunos (socioregionais, socioeconômicas e tecnológicas). Ainda no campo da inovação pedagógica, a gamificação pode introduzir na prática docente a possibilidade de desenvolver novas habilidades e competências, por meio de suas fases e narrativas, intercalando desafios e metas em diferentes momentos da sua lógica de aprendizagem desafiadora.

Sugeriu explorar a comunicação digital-móvel com avisos e mensagens de aproximação com o aluno, por meio do celular como interface de atenção aos alunos em momentos de dificuldades, de aprendizagem ou aulas de reposição.

Finalmente recomendou como estratégias para a inovação no ensino superior, desenvolver projetos e programas universitários que deem atenção especial para:

Como descobrir quem são as pessoas líderes na sua universidade? Crie um “movimento” com as características do tripé: novidade, valor agregado e mudança de comportamento para a inovação dentro da sua universidade com esses líderes. Eles poderão, de modo convincente, promover o engajamento de novos líderes ou de pessoas que ainda estão em dúvida sobre a real necessidade de mudanças para oferecer novos diferenciais aos alunos e fortalecer a retenção.

Pense em investir em projetos do tipo “startup acadêmico”, de modo a descobrir e incentivar o espírito inovador do estudante e da comunidade acadêmica da sua IES materializado em projetos de atendimento à sociedade onde vivem.

Promova eventos que permitam os “15 minutos de fama” das competências e iniciativas criadoras e inovadoras internas.

Contrate um designer de serviços ou de experiências internas, que permitam parcerias inovadoras com os professores e alunos. Nesse sentido, o envolvimento de alunos e professores em projetos dessa monta é fundamental para que haja sustentabilidade acadêmcia, para que haja retenção.

Contribuições da instituição organizadora (Formação, Atração e Inovação)

Não menos importante, a instituição organizadora do evento apresentou as suas contribuições de apoio às ações universitárias no objetivo de desenvolver novas competências para o aumento da retenção, para o desenvolvimento de projetos educacionais inovadores e novas técnicas de atração e formação de pessoas nas comunidades acadêmicas nacionais e internacionais.

 Considerações finais

Enfim, dentre tantas experiências e vivências, o IV colóquio Pearson foi de grande relevância em minha trajetória como educador e professor. Trouxe não só aspectos de autorreflexão para o meu cotidiano na EaD, mas principalmente permitiu aos participantes do evento momentos de grande potencial de retenção dos conteúdos, ideias, recomendações e modelos inovadores apresentados durante os debates e as atividades de aprendizagem ativa promovidas durante o colóquio.


Data da publicação: 8 de outubro de 2017
Área de conhecimento: Gestão da EaD
Arquivo: Documento PDF retencaoensinosup .pdf


Título: VIDEOAULAS OU VIDEOS EDUCATIVOS? Tudo uma questão de foco?
Resumo:

Um relato de uma experiência para compreender e experimentar as potencialidades do vídeo na educação. Ainda temos muito que aprender...

Palavras-chave:

VIDEOAULAS OU VIDEOS EDUCATIVOS? Tudo uma questão de foco?

Por Enilton Ferreira Rocha, Nov. 2015

Ainda temos dificuldades em compreender as diferenças, e se elas existem, entre vídeos educativos e videoaulas? Do ponto de vista educacional parece-me tudo uma questão de foco. Mas para José Moran e Ferrés devem-se considerar seis tipologias, em suas dimensões pedagógicas, para que possamos avaliar a melhor estratégia de uso, de modo a explorá-las adequadamente e conseguir os objetivos atribuídos às características desses vídeos na mediação da ação docente. Buscando desvelar e compreender essas variações e de que modo, cada uma delas, isoladamente ou conjugadas poderiam contribuir para a Inovação pedagógica no curso de pedagogia a distância, da FUMEC; realizou-se no período de 15 a 26 de novembro o Workshop - Vídeo educativo na inovação pedagógica.

Graças ao empenho e a ação efetiva da turma de pedagogos, professores e técnicos que compõe a equipe do projeto Inovação Pedagógica da universidade e que participaram desse evento, pode-se dizer que tanto do ponto de vista conceitual quanto das potencialidades desveladas durante o Workshop, o resultado alcançado foi acima da expectativa.

Dentre os pontos observados durante a condução desse evento, acerca das intervenções que contribuíram para esse resultado, alguns merecem uma atenção especial:

  1. A capacidade crítica comparativa, do grupo, em relação às seis classificações apresentadas pelos autores nos textos escolhidos para análise (Videolição, Videoapoio, Programa motivador, Videoprocesso, Programa monoconceitual, Vídeo interativo). 
  2. O modo como o grupo reagiu diante da necessidade de buscar novas alternativas que agreguem novos valores, desde a compreensão teórica sobre a importância do vídeo no processo de ensino, à reflexão crítica sobre o que estamos fazendo e onde queremos chegar com as potencialidades do vídeo educativo.
  3. A crítica, construtiva, sobre a transposição para a videoaula atual do que estamos acostumados a fazer no presencial.
  4. O cuidado em manter um equilíbrio entre a proposta de inovar no curso de pedagogia a distância da Fumec (aprendizagem baseada em desafios, vídeos educativos, novo sistema de avaliação, plantões híbridos (online e presencial), sala de aula invertida, potencialidades de gamificação etc.) e os vídeos tradicionais gravados anteriormente, de modo a não enfraquecer a ideia do inovar que se quer para a nova fase do curso.
  5. A importância da exploração de outras mídias interativas no AVA, para reforçar a nova proposta de vídeos educativos na EaD da Fumec.
  6. Reavaliar a ação do tutor diante da perspectiva de o vídeo ser um dos elementos de reforço na aprendizagem e instrumento didático no trabalho de mediação pedagógica feita por ele.
  7. Permitir que o aluno tenha a opção de decisão enquanto assiste ao vídeo, na perspectiva pedagógica do videoprocesso recomendado pelos autores Moran e Ferrés.
  8. A importância de ver os direitos autorais não como um empecilho à inovação, mas como uma garantia de qualidade e que pode ser trabalhada com segurança, utilizando novas alternativas algumas das quais apresentadas durante o encontro.
  9. A importância de explorar o uso da segunda câmera, compreendendo-a como mais uma possibilidade de enriquecimento das dimensões pedagógicas do vídeo educativo. Como uma possibilidade concreta de sair do quadrado da gravação tradicional (mais comunicativa que pedagógica).
  10. A importância de explorar a gravação de externas e os impactos técnicos de contextos e de ambientes no resultado do vídeo.
  11. A possibilidade de misturar vídeos online com vídeos gravados, bem como a inserção de diálogos entre dois especialistas, em mesa redonda, como potencialidades pedagógico-andragógicas acerca de um determinado tema e objetivo esperado.
  12. O esforço pedagógico de substituir o powerpoint por interfaces mais interativas, menos textuais e mais comunicativas, usando a convergência de mídias e tecnologias 3D.
  13. A importância de o professor desenvolver a linguagem audiovisual, importante elemento no resultado da comunicação entre ele e o aluno que assiste ao vídeo.

Enfim, foi uma rica experiência! E a aplicação da técnica Retrato de Vivência como metodologia contribuiu fortemente para os resultados alcançados. Agora é acompanhar o desenrolar desse novo modo de usar o vídeo nas atividades de aprendizagem do curso de pedagogia a distância, da FUMEC.

Referência:

VICENTINI, Gustavo W; DOMINGUES, Maria J. C. de S. O uso do vídeo como instrumento didático e educativo em sala de aula. Disponível em: :http://home.furb.br/mariadomingues/site/publicacoes/2008/eventos/evento-2008-09.pdf
Acesso em 19 nov. 2015.

GUDWIN, Ricardo. Aprendizagem Ativa. Disponível em: <http://faculty.dca.fee.unicamp.br/gudwin/activelearning>. Acesso em: 27 set. 2013. 


Artigo na íntegra:  
Data da publicação: 31 de outubro de 2017
Área de conhecimento: Tecnologias educacionais
Arquivo: Documento PDF videoeducativo.pdf


Título: 21º CIAED 2015, um relato sob o olhar de novas perspectivas.
Resumo:

1. Introdução

Este texto apresenta um relato de participação no 21º Congresso Internacional ABED1 de Educação a Distância, CIAED, 2015, realizado em Bento Gonçalves, RS, no período de 25 a 29 de outubro de 2015, retratando anotações de observações pessoais durante os cinco dias que lá estive participando de algumas atividades, na busca de informações e novidades que pudessem traduzir os novos caminhos da educação, em especial da educação a distância, e que gerou esse documento.

2. Percepções Gerais

A começar pelo título do Congresso: "Se eu fosse Ministro da Educação, eu faria o seguinte a propósito da EaD ...”. Título bem sugestivo, principalmente se considerarmos o posicionamento do governo em relação à educação a distância e o que informa o Conselho Nacional da Educação: “66% dos municípios brasileiros não têm oferta de ensino superior” (Portal do CIAED, 2015). Nesse sentido, os palestrantes internacionais convidados foram enfáticos em criticar o modelo atual de educação no País e fizeram duras críticas aos incentivos que a EaD recebe do governo brasileiro. Outra curiosidade do evento: os temas e as falas dos palestrantes internacionais foram bastante coerentes com o apresentado na programação do evento, demonstrando, dessa vez, uma preocupação maior dos organizadores com as expectativas criadas pelos inscritos a partir da agenda divulgada para o evento.

Palavras-chave:
Artigo na íntegra:  

21º CIAED 2015, um relato sob o olhar de novas perspectivas.

Por Enilton Ferreira Rocha, especialista em EaD.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/1682585826032961

 

1.      Introdução

Este texto apresenta um relato de participação no 21º Congresso Internacional ABED[1] de Educação a Distância, CIAED, 2015, realizado em Bento Gonçalves, RS, no período de 25 a 29 de outubro de 2015, retratando anotações de observações pessoais durante os cinco dias que lá estive participando de algumas atividades, na busca de informações e novidades que pudessem traduzir os novos caminhos da educação, em especial da educação a distância, e que gerou esse documento.

2.      Percepções Gerais

A começar pelo título do Congresso: "Se eu fosse Ministro da Educação, eu faria o seguinte a propósito da EaD ...”. Título bem sugestivo, principalmente se considerarmos o posicionamento do governo em relação à educação a distância e o que informa o Conselho Nacional da Educação: “66% dos municípios brasileiros não têm oferta de ensino superior” (Portal do CIAED, 2015). Nesse sentido, os palestrantes internacionais convidados foram enfáticos em criticar o modelo atual de educação no País e fizeram duras críticas aos incentivos que a EaD recebe do governo brasileiro. Outra curiosidade do evento: os temas e as falas dos palestrantes internacionais foram bastante coerentes com o apresentado na programação do evento, demonstrando, dessa vez, uma preocupação maior dos organizadores com as expectativas criadas pelos inscritos a partir da agenda divulgada para o evento.

Na primeira sessão em que os temas seriam “Um Diálogo com Representantes do MEC e o Marco Regulatório da EaD, 2015”, a ausência dos representantes da SERES, Secretaria  de Regulação e Supervisão da Educação Superior, do MEC foi o principal assunto. O fato é que, graças à presença de dois representantes do governo (SETEC/MEC e CNE), o debate ficou limitado ao Marco Regulatório.

Nesse sentido, o representante do CNE apresentou para discussão o que o Conselho Nacional de Educação considera como parâmetros que subsidiarão o Novo Marco Regulatório da EAD que será divulgado, em breve, para conhecimento de todos após aprovação do MEC e do Conselho Nacional de Educação.

Os parâmetros apresentados foram: diretrizes para a EaD, institucionalidades/políticas institucionais, materiais e novos padrões de qualidade, diversidade de polos, tutor e os profissionais da educação, foco na avaliação institucional-global; avaliação de cursos, credenciamento e recredenciamento integrados e modelos qualitativos de desempenho institucional.

Pontos considerados de destaque na fala do representante do CNE: as novas políticas de EaD precisam levar em conta os contextos atuais e futuros. A qualidade do material didático e os cuidados com a manutenção do aluno (em seus contextos) e com o acesso ao diploma devem conduzir o egresso ao emprego: isso é qualidade na EaD. É preciso garantir retenção e reduzir a evasão. Essa qualidade deveria ser considerada pelo INEP no processo de avaliação institucional. É preciso institucionalizar a EaD considerando a avaliação da IES como um todo: polo de apoio ao presencial + avaliação de cursos + credenciamento institucional + avaliação institucional.  Na organização da oferta, a IES deve considerar que os polos de apoio ao presencial sejam uma extensão universitária ou tenham as mesmas competências tecnológicas da Universidade para bancar a EaD on-line, criando um diferencial em relação ao modelo híbrido atual definido para esses polos. Os polos e a sociedade devem ser, juntos, um espaço extensionista regional da EaD. Em relação ao tutor da EaD, a ideia é considerá-lo como um profissional diferenciado no plano de cargo da IES, um mediador pedagógico, sem o confundir com o docente. 

Surpreendeu-me a realização, em paralelo, do 7º Fórum de Educação a Distância do Poder Judiciário, CNJ, coordenado pelo representante da EaD corporativa no setor judiciário Diogo Albuquerque. Um avanço, se considerarmos a importância dessa inserção na agenda oficial do Congresso, abrindo espaço para outro grande segmento de exploração das potencialidades da EaD: a educação corporativa a distância. Creio que, devido ao avanço das pesquisas e da utilização da EaD na aprendizagem corporativa, seria mais justo uma agenda de pelo menos 20% da carga horária do Congresso disponibilizados para os palestrantes e debates de cases de sucesso e experimentos no e-learning. Talvez temas polêmicos do confronto atual entre as demandas de educação corporativa e as potencialidades da EaD como mediadora. Nesse contexto, sugere-se o debate sobre a importância da andragogia nas etapas de planejamento, implantação e gestão da educação corporativa; do mesmo modo, o Design Thinking: investindo em pessoas para buscar bons resultados;  a gestão da EaD corporativa além das quatro paredes da sociologia organizacional; menos conteúdo e mais prática: um caminho sem volta na aprendizagem organizacional;  avaliação ou metas de aprendizagem na educação corporativa?; aprendizagem ativa e mobile learning na educação corporativa: criatividade e limites institucionais; novos ambientes de aprendizagem corporativa e segurança da informação etc.

Desta vez, as escolhas da ABED apresentaram um bom resultado tendo em vista o cuidado da associação em responder às reinvindicações dos associados. Verificou-se um alto nível de resposta dos convidados (Palestrantes) e dos exemplos e recomendações apresentados por eles. Apresento a seguir alguns destaques na minha percepção.

1.      Dia 25 – Palestras, atividades e temas de impacto

PALESTRANTE INTERNACIONAL: O FUTURO DA EDUCAÇÃO E A EDUCAÇÃO DO FUTURO: ROMPIMENTO TOTAL E A "SINGULARIDADE TECNOLÓGICA"

José Luiz Cordeiro - Singularity University – EUA

Enquanto corremos atrás do MEC na tentativa de um consenso sobre o que é possível para preparar e transformar a EaD em uma grande oportunidade de oferecer ensino, pesquisa e extensão capaz de receber o que vem por ai, sob a provável tutela da “Singularidade Tecnológica”[2], o palestrante apresentou, em sua fala, contrapontos ao Marco Regulatório do CNE, SERES/MEC para a EaD, em fase final de seus textos, cuja preocupação central, segundo especialistas, ainda é proibir para melhorar...

Nesse contexto, o palestrante traz para reflexões as dimensões do avanço tecnológico-digital e o impacto desse avanço representado pelos seus artefatos (NBIC: Nano-Bio-Info-Cogno e a inteligência artificial) embutidos no que alguns pesquisadores chamam de Singularidade Tecnológica que “vão ajudar a transcender muitas limitações humanas para melhorar vidas humanas no mundo inteiro, e além do nosso pequeno planeta. Vamos avançar rapidamente para um novo mundo, liderado por descobertas científicas e inovações tecnológicas que irão mudar totalmente e interferir nos atuais sistemas de ensino”. Assustou-me, em particular, um trecho da fala do pesquisador: “tudo indica que daqui a 30 anos, devido à possibilidade do estado de imortalidade, o homem pedirá para morrer. Talvez, depois disso, alguns humanos possam se tornar transhumanos e posthumanos, mudando para sempre a vida na terra e o universo”.

MINICURSO 4: O Evernote e a Gamificação na Construção de uma Narrativa Colaborativa - Anibal Lopes Guedes – UNISINOS, Lidiane Rocha dos Santos – UNISINOS, Marcelo de Miranda Lacerda – UNISINOS

Fiz o curso com a intenção investigativa, de modo a somar novas perspectivas sobre a gamificação na educação. Embora acompanhe esse movimento em outras ações educacionais e eventos da ABED, foi uma excelente oportunidade de aprendizado. Busquei nesse minicurso identificar diferenças entre o que conhecia de outras inciativas e o que seria viável a partir do conhecimento teórico e prático adotados nas inciativas da Unisinos em seus projetos de pesquisas sobre o tema.

Pontos principais observados durante o minicurso: o primeiro ponto de destaque e atenção foi as diferenças conceituais entre GBL – Gamificação Baseada no Learning (baseada em jogos educacionais - o sujeito criando os seus próprios jogos); GBL, games para mudanças; utilização da ubiquidade[3] como elemento de conexão entre o sujeito e as realidades encontradas e PBL - Aprendizagem Baseada em Problema, uma representação do objetivo acadêmico: aprender a partir da pesquisa sobre um determinado problema. Do ponto de vista prático, o minicurso foi realizado em duas etapas: a 1ª, na parte da manhã, o momento de reflexões teóricas sobre a gamificação, games e seus contextos, o método gamificação e as expectativas dos inscritos.

Na segunda parte, o momento de mãos à obra, com a formação das equipes de trabalho e a incumbência de apresentar alternativas para um problema concreto definido pelos orientadores do minicurso. Definiu-se a metodologia para o desenvolvimento da atividade proposta, sendo: Etapa 1. Definição do problema (o que vamos estudar, descobrir, pesquisar, resolver?) e a escolha do modelo Clãs[4] para denominar as equipes. 2. Desenvolvimento das narrativas (contextualização do problema) pelas equipes. 3. Indicação de pistas (vivas relacionadas a pessoas, e mortas a imagens); 4. O pouso: o momento de imersão das equipes formadas; 5. O desenho do caminho cartográfico, caminho da gamificação (quais mecânicas, missões, pistas etc.) 6. Atores: utilizou-se o modelo CLÃS, com a exploração da liderança-formigas e a aprendizagem cooperativo-colaborativa; 7. Análise final, o debate entre os membros das equipes e a solução apresentada por eles.

O uso do QR Code[5] nas pistas durante o desenvolvimento da gamificação foi, novamente, uma das experiências nesse tipo de modelo de aprendizagem mediada.  Ficou evidenciada, durante a atividade prática, a importância do modelo híbrido na gamificação: professor, aluno e sala de aula (presencial e virtual). 

Chamou-me a atenção, o potencial do Software Evernote devido às configurações que ele apresenta para facilitar a implementação da gamificação em aprendizagem mediada. Pontos de destaque observados: 1 - a possibilidade de usar a interface Cadernos, verdadeiros diários e espaços de notas, armazenando imagens, textos, anotações, foto, gravações de voz e vídeos, possibilidade de escaneamento de imagens; 2- a riqueza de opções de compartilhamento durante o processo de gamificação para os inscritos nas equipes de trabalho ou que possuam contas no Evernote; 3 - o software pode ser encontrado no ambiente do google drive. 4 – permite a criação individual ou em equipe; 5 - permite o uso de etiquetas: #Hashtag como marcadores das notas criadas no ambiente Evernote. Os usuários conseguem anexar arquivos com até 25 megabytes por nota.


2.      Dia 26 - Palestras, atividades e temas de impacto

PALESTRANTE NACIONAL: GAMIFICAÇÃO EM ESPAÇOS DE CONVIVÊNCIA HÍBRIDOS, MULTIMODAIS E UBÍQUOS: UMA EXPERIÊNCIA DE CONHECIMENTO

 Eliane Schlemmer – Unisinos – Brasil.

Muito boas as vivências apresentadas pela nossa representante brasileira nesse painel e que deu sequência, do ponto de vista sistêmico, ao trabalho prático realizado no Minicurso, dia 25, com o tema “O Evernote e a Gamificação na Construção de uma Narrativa Colaborativa. Gostei, particularmente, do modo singular como ela apresentou os principais elementos do trabalho inovador que desenvolve no curso de pedagogia da Unisinos, usando a gamificação, modelo híbrido, como pano de fundo, destacando: gamificar em contextos híbridos (geolocalização, vídeos, imagens e espaço presencial), multimodal, ubíquo (usando modelo BYOT de "bring your own technology", ou "traga sua própria tecnologia", Portal Uol, 2013) e sala de aula invertida. Recomendou como mecânicas o método cartográfico, as missões narrativas, pistas (vivas e mortas), conquistas (considerar o desafio e a dimensão do problema objeto da gamificação) e poderes. Recomendou ainda que para trabalhar com o significado da gamificação é preciso: compreender o problema, objeto de estudo; compreender o contexto em que ele se encontra; compreender a cultura dos sujeitos envolvidos na proposta de aprender pela gamificação (como eu desejo que eles se sintam? Qual a cultura dos sujeitos? Quais são os objetivos pedagógicos dos sujeitos?).

Compartilhou, a expositora, segundo minhas anotações, o método que utiliza na aprendizagem curricular do curso de pedagogia que coordena na Unisinos, fazendo uma introdução sobre: GBL – Gamificação Baseada em Learning (baseada em jogos educacionais - o sujeito criando os seus próprios jogos); GBL, games for change; utilização da ubiquidade como elemento de conexão entre o sujeito e as realidades encontradas. Em seguida apresentou as Etapas: 1. definição do problema (o que vamos estudar, descobrir, pesquisar, resolver?) e da equipe no modelo CLÃS; 2. narrativa inicial (contextualização do problema); 3. indicação de pistas (vivas e mortas); 4. o pouso: a imersão do aluno e espaços presenciais; 5. o caminho cartográfico, caminho da gamificação. 6. definição dos atores: utiliza o modelo CLÃS, com a exploração da liderança-formigas e a aprendizagem cooperativo-colaborativa; 7.Análise final, o encontro com a equipe e a solução apresentada.

Pareceu-me mais um dos grandes desafios da EaD, se pensarmos que o público alvo desse projeto é o Curso de Pedagogia, cujo modelo curricular mais adotado no Brasil ainda passa longe dessa proposta. Observou-se, ainda, o empenho da coordenação do projeto em preparar pedagogos para dar conta do aluno, que em breve estarão recebendo em novos espaços de aprendizagem, acostumado ao excesso de informações disponíveis na cibercultura e ao modo de convivência amigável e criativa com os artefatos e interfaces de alta complexidade tecnológico-digital e 3D.

PALESTRANTE INTERNACIONAL: ESCOLHAS E DESAFIOS – LIÇÕES APRENDIDAS COM A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO ON LINE

 Andy Di Paolo – Stanford – EUA

Muito interessante o jeito do pesquisador Di Paolo reforçar a necessidade de focar o aprendizado nas pessoas: o que as pessoas já sabem sobre o que você pretende ensinar? A fala desse pesquisador me fez recordar um dos dez pressupostos andragógicos da educação do adulto: o adulto aprende e apreende, rápido e melhor, aquilo que pode agregar valor ao que já sabe (da vivência ou da pesquisa). Nesse sentido, o palestrante chama a atenção para a necessidade de dividir os currículos em módulos menores e essenciais. Dar crédito ao currículo do estudante apropriado antes da sua formação oficial e acadêmica. Destacou que a geração Y ou gerações digitais querem ser testadas para saber o que  já aprenderam, dominam. Querem ser parte de uma comunidade de aprendizagem, onde o professor é um dos atores e não o ator principal.

Nessa perspectiva pedagógica, o pesquisador insiste no pensamento de que os alunos de hoje não querem o curso inteiro idealizado pela instituição, pelo autor do curso, mas somente uns pedaços do curso... Pedaços essenciais, com muitas aulas práticas e um sistema ativo de avaliações e feedback em processo. Destacou que para isso é preciso que o conteúdo tenha um selo de qualidade atestado pelos alunos, pela comunidade acadêmica e pela sociedade. Sugere que, em complemento, os alunos recebam mensagens programadas e vídeos, via smartphone, que auxiliem na compreensão dos conteúdos. Sugeriu, como forma de engajamento do aluno, a oferta de cursos livres que possam complementar a carga horária curricular.

Finalizando sua fala, recomendou cinco coisas que ajudam na oferta de uma EaD contemporânea: 1- pense a EaD como uma opção estratégica; 2 - investigue se a urgência da IES é idêntica à sua para implantar a EaD. Se não, provavelmente a sua estratégia esteja no caminho errado; 3 - qual o tamanho do escalonamento institucional para a EaD (capacidade de oferta)? Você tem os recursos e investimentos de que precisa? Não prometa o que não pode entregar... Faça parcerias, mas olhe com cuidado os interesses dos parceiros. Eles podem ser diferentes dos interesses da sua IES. 4 - a mentalidade do serviço educacional prestado - tente desenhar o mapa de interação entre alunos, professores e a comunidade acadêmica de modo que ele esteja associado aos interesses do aluno: o que as pessoas já sabem sobre o que você pretende ensinar? 5 - medir tudo é essencial: a satisfação do aluno deve ser soberana, sobretudo no controle da aprendizagem adaptativa, avaliada sistematicamente. Qual é o nível de aprendizagem na sua IES? Quanto tempo você demora em dar o feedback ao aluno? Qual o nível de qualidade desse feedback? Por fim: esteja preparado para o fracasso e aprenda com ele. 

ENCONTRO: ENPED - ENCONTRO NACIONAL DOS PROFESSORES DE EAD 

Coordenação: Enilton Ferreira Rocha - ENPED 


Neste encontro o debate ficou por conta dos principais questionamentos da nova configuração para o trabalho home office do tutor e do professor na EaD. Discutiram-se as mudanças que serão implementadas caso a atividade home office, que já é realidade em algumas grandes IES, seja uma regra geral para o trabalho dos tutores e professores da EaD.  Foram apresentadas algumas ações, em curso, implementadas por IESs que oferecem um número de vagas de grande representatividade na oferta de educação a distância no País. Discutiu-se ainda o impacto dessa modalidade de trabalho levando em consideração alguns fatores de planejamento: o que muda na rotina do professor e do tutor? Quais seriam as interfaces de autonomia docente e do apoio técnico do tutor? Qual seria a estrutura da Matriz de Planejamento Home Office (tempo, espaço, metas, autocontrole etc.); aspectos jurídicos do Home Office (registos ou controle?); o perfil do profissional do Home Office e a necessidade de autosupervisão. Do mesmo modo, a discussão sobre alguns pontos principais dessa mudança: quanto mais controle mais riscos no home office; remuneração baseada em metas e reflexos da CPA; não há controle de ponto, mas controle de resposta, de adesão (diário/quinzenal/mensal) para execução de metas; bônus substitui horas extras. Bônus de entrega e bônus de atraso na mesma proporção sobre o valor da carga horária prevista; contrato de trabalho e encargos sociais diferenciados.

Ao final do encontro ficou a seguinte questão: estamos preparados (professores, tutores e IES) para essa mudança na EaD?

Do ponto de vista prático, observou-se que em relação à classificação Catálogo Brasileiro de Ocupação, CBO, que está em negociação entre o MEC e o Ministério do Trabalho e que será incluído no CBO, essa modalidade de trabalho não está sendo considerada, em suas particularidades, e isso poderá gerar um grande transtorno para a institucionalização do papel do tutor na EaD. 

3.      Dia 27 – Palestras, atividades e temas de impacto

PALESTRANTE INTERNACIONAL: MISTURANDO SUA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: GERAÇÕES DE PEDAGOGIA E TECNOLOGIA EM EDUCAÇÃO A DISTANCIA E AGREGAÇÕES SOCIAIS

Terry Anderson – Athabasca University – Canadá 

Embora tenha lido: “TRÊS GERAÇÕES DE PEDAGOGIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, Terry Anderson, Jon Dron, João Mattar (Trad.), 2012”, ao ouvir o palestrante deparei-me com reflexões e inquietações que ficaram quando da leitura dessa tradução. Muitas, esclarecidas durante a fala do orador.

A 1ª geração - focada no aluno como centro das atenções e na sua capacidade cognitivo-behaviorista de aprender, reforça o empoderamento do aluno. Nessa perspectiva pedagógica, o professor precisa apropriar-se das competências de um curador da educação. Profissão bastante nova e que demanda tempo para a qualificação profissional necessária. Recomenda-se uma estreita relação entre as potencialidades tecnológicas da EaD e a pedagogia (o movimento - o caminho pedagógico pelas interfaces tecnológicas e o tempo da aprendizagem individualizada - o que aprender?). Como aspecto negativo, o palestrante questiona o efeito do ensino-aprendizagem nesse modelo em uma “caixa de ensino”. Destaca os aspectos da instrução, fora de uso na sociedade digital atual, como design educacional, numa perspectiva mais próxima de treinamento e cursos massivos tipo MOOCs (Massivos Online e Abertos). Do ponto de vista da individualidade lembra que o cognitivo se aproxima da liberdade de apender sozinho, próprio de alguns alunos. Nesse sentido, recomenda que o governo brasileiro invista em REAs - Recursos Educacionais Abertos - considerados como fatores de economia para alunos e o governo. Destacou ainda que nesse modelo o uso da mineração de dados (BI)[6] no controle da aprendizagem é importante, de modo a fazer um acompanhamento analítico-adaptativo da aprendizagem individual e fazer os ajustes necessários.

2ª geração - a social-construtivista, prevalecendo o aspecto da aprendizagem grupal, tendo como foco a colaboração e a cooperação que se complementam. Nessa intenção pedagógica, o aluno continua como centro das atenções, mas em uma abordagem construtivista, aprendendo com os outros, aprendendo a compartilhar e se desenvolver em grupo, momento em que suas habilidades sociais são incentivadas e avaliadas.  É a geração que trabalha os relacionamentos na aprendizagem coletiva, baseada em um design educacional de aprendizagem social. Como aspecto negativo, o palestrante destaca o risco de o professor ser o limitante do tamanho dos grupos de aprendizagem colaborativo-cooperativa. Acredita que a educação a distância pode ser uma grande aliada nesse processo de otimizar a aprendizagem compartilhada e em grupos, na perspectiva de socialização do aprender. Recomenda ações docentes que estimulem aprendizagem grupal, que reforce a possibilidade de compartilhar para aprender com os outros.

3ª geração - a geração baseada no conectivismo, cuja abordagem para a reconstrução do conhecimento usa como base a rede de aprendizagem mediada (máquinas e pessoas), desde que o centro das atenções seja o estudante. Chamada por alguns de “conhecimento conectivista”. A grande aliada nesse modelo é a internet exercendo o estado de ubiquidade desejado/recomendado para a mediação nessa geração pedagógica da EaD. O palestrante chamou a atenção para três aspectos particulares dessa perspectiva pedagógica: a rede, como mediação, as resistências naturais do ser humano e as possibilidades do modelo pedagógico conectivista. Muitas das resistências nascem de permitir o conectivismo a quebra da “bolha da aprendizagem” ou “caixa da aprendizagem”, favorecendo a disruptura da pedagogia enlatada, diferentemente do que exige a primeira geração: muito controle para aprender... Nessa geração o controle é mínimo, tendo em vista que o aluno-aprendiz assume o controle do seu aprendizado, do seu envolvimento no processo de busca, de intervenções.

Resumindo: na 1ª geração, o cognitivo estabelece o processo e mecanismo de aprendizagem a distância, prevalecendo o individualismo; na segunda, o coletivo focado no aluno se fortalece pela aprendizagem social-grupal. E na terceira, as redes de aprendizagem são o forte na mediação tecnológico-digital fortalecendo a aprendizagem em várias formas sociais, sem perder de vista a atenção ao aluno. Nesse modelo, o conteúdo aprendido e apreendido fora da “bolha da aprendizagem” assume significados imensuráveis, do ponto de vista da aprendizagem e dos interesses comuns.

Algumas conclusões apresentadas pelo palestrante, segundo minhas observações: estamos diante de diferentes pessoas com diferentes maneiras de aprender; as gerações são diferentes e precisam ser respeitadas; a combinação das três gerações de pedagogia da EaD não aumenta o trabalho do professor que opta por esse novo jeito de lidar com a aprendizagem a distância e mediada. Pelo contrário, o coloca na lista dos professores que possuem a habilidade de conviver harmonicamente com a sociedade digital vigente. Sugere a aprendizagem baseada na gamificação, em pequenas partes e, sugere ainda que o conteúdo seja focado no essencial, onde menos pode ser mais... para uma aprendizagem significativa que utilize o e-book como tutorial para as três gerações.

APRESENTAÇÃO: USO DO DESIGN THINKING COMO METODOLOGIA PARA A INOVAÇÃO 

Cristiano Franco – Kroton  

Muito interessante o modo como o representante da Kroton apresentou conceitos e concepções dessa nova proposta metodológica e ativa, aplicável na EaD. Para muitos o Design Thinking[7] ainda é uma incógnita da inovação na EaD, mas para estudiosos das novas metodologias ativas essa proposta significa desenvolver aprendizagem centrada em pessoas, a partir do que elas pensam, do que elas cobram, enquanto estudantes, usuários ou colaboradores. A partir do potencial criativo dos usuários/estudantes em busca da resolução de um determinado problema, pode ser a grande jogada para obter bons resultados na aprendizagem mediada e a distância.

Segundo o representante da Kroton, na minha percepção, o modelo desenvolvido na IES é centrado no aluno e possui o seguinte processo metodológico: 1 - a imersão do aluno, um estudo detalhado sobre quem é o nosso aluno. 2 - A análise - o que encontramos, o que descobrimos?  3 – o momento da ideação: quais são as melhores ideias?  4 - a prototipação - qual modelo educacional vamos adotar? Na primeira fase, da imersão, faz-se o estudo detalhado do perfil do aluno buscando conhecer: o nativo digital tendo como referência o personagem criado com o apelido de “Yuri”; na sequência, o perfil do aluno engajado considerando o diferencial de feedback, de esforço individual e coletivo,  representado pela personagem “Patrícia” e finalmente o terceiro personagem denominado de migrante digital, “Jairo”, não acostumado com as interfaces e mundos digitais de aprendizagem. Busca-se com esses personagens identificar na pesquisa de perfil: o entendimento dos rituais, quais informações eles consomem; procura-se traçar a jornada ideal para atendê-los, os critérios de design educacional adequado aos perfis encontrados etc. Apresentou a metodologia de definição dos Critérios de Design Educacional : 1- A Imersão - tendo como amostra 400 alunos escolhidos de acordo com os perfis dos três personagens. 2 – A análise da amostra encontrada. 3 - a Ideação – considera-se  o  número de ideias correspondente a 10% do volume de alunos da amostragem da imersão, para a partir desse percentual escolher as melhores ideias.  Quanto maior o número de ideias melhor, usando espaços colaborativos ou públicos para coletas. As mais votadas viram protótipos. Recomenda-se usar o AVA[8] como laboratório. 4 - A prototipação - a definição das mudanças no modelo educacional (sistema de tutoria, material didático, sistema de avaliação, processo de comunicação, feedback e gestão de ensino etc.) deve considerar o resultado da ideação e da análise de dados). Nessa etapa, a formação da equipe com pessoas de áreas diferentes e a identificação dos contextos do problema por meio de entrevistas e questionários fazem a diferença rumo aos objetivos esperados. Do mesmo modo, a análise de dados apurados na fase de imersão.

Outra informação importante sobre esse design refere-se aos critérios para a escolha dos membros da equipe responsável pela aplicação da Metodologia Design Thinking na IES: acredita-se que o cuidado em montar uma equipe multidisciplinar é fundamental para o sucesso do modelo desenhado a partir dessa metodologia, misturando pessoas com experiência, habilidades e sensibilidades para a compreensão das relações humanas e sociais em processo de aprendizagem, capazes de compreender os pressupostos da aprendizagem mediada e a distância, de compreender as particularidades da modelagem tecnológico-digital de mediação da aprendizagem.

Enfim, ficou a mensagem de que o Design Thinking pode ser uma solução, desde que o foco seja pessoas (desejos, comportamentos, praticidades, soluções e viabilidades, empatia e observações); bem como a capacidade de ideação dessas pessoas na busca de alternativas educacionais que as transformem em protagonistas de suas aprendizagens, sugerindo ações inovadoras e recomendações.

4.      DIA 28 - Palestras, atividades e temas de impacto

METODOLOGIAS ATIVAS E A INTERDISCIPLINARIDADE: UM CASE BETA-TESTE E PROPOSITIVAS NA EAD DA FUMEC

Apresentadores: Alessandra Latalisa de Sá – FUMEC, Gabrielle Nunes Paixão – FUMEC, Enilton Ferreira Rocha – FUMEC e Lana Paula Crivelaro – UNIFOR (Observadora/Interventora)

Creio que tão importante quanto os demais temas e atividades do congresso foi o debate promovido por alguns integrantes da equipe de educação a distância da Universidade Fumec. Durante a mesa redonda discutiu-se a proposta de interdisciplinaridade e metodologias ativas na EaD com representantes da gestão da EaD das IES Newton Paiva e Unifor, bem como da AGU, RS, além da participação de especialistas presentes. Trata-se de uma mudança significativa que se encontra em fase beta-teste no curso de Pedagogia a Distância da Universidade, cujo objetivo, nesta fase, é mudar o sistema avaliativo (tradicional) atual dos demais cursos, a distância, usando o curso de Pedagogia como laboratório vivo, testando: metodologias ativas baseadas em resolução de problema e a interdisciplinaridade mediada e a distância. Além disso, foi apresentado o que está previsto para a segunda etapa, em complementação, sendo um conjunto de mudanças com a introdução da Sala de Aula Invertida, Mobile Learning, racionalização e melhoria do processo de gravação das videoaulas, melhoria do processo de seleção de alunos e de professores e conexão das videoaulas e aulas com o mundo externo de professores e alunos.

O debate principal durante a mesa redonda ficou por conta da necessidade e urgência em considerar nessas mudanças a presença do humano, seus contextos e desejos/expectativas. Discutiu-se com ênfase a participação do aluno nesse projeto como ator principal de mudanças e de explorações pedagógicas. Outro ponto importante no debate foi a importância de usar as redes sociais (fechadas) como interface colaborativo-interativa, não perdendo de vista a “imaturidade” da maioria dos alunos que optam pela EaD. Ainda nessa linha de perspectiva, a adoção da metodologia mobile learning associada às metodologias ativas. Discutiu-se ainda o peso da participação das IESs nesses processos de inovação na EaD.

A agenda apresentada durante a mesa redonda foi composta dos seguintes itens: A inovação Pedagógica, EaD na FUMEC, O porquê do Projeto, O Projeto e seus objetivos, Pontos positivos, Dificuldades operacionais e Próximos passos.

Acesse no link (ou copie e cole no browser) a seguir, os detalhes da agenda objeto dos debates: http://pt.slideshare.net/enilltonferreirarocha/inovao-pedaggicoandraggica-sistema-de-avaliao-na-ead-da-fumec-54888725

Considerações finais

A sensação que tenho, voltando desse evento e tendo a oportunidade de participar, conversar, discutir com alguns especialistas, pesquisadores, palestrantes e coordenadores de mesas redondas e apresentações, é que estamos no estágio 02, de 01 a 05, da evolução da EaD no mundo contemporâneo. Infelizmente!

São muitos os fatores que contribuem para esse atraso: a regulação, muitas vezes exagerada do MEC, na intenção de controlar para avançar..., a falta de investimento do governo em tecnologias de comunicação e informação acessíveis e gratuitas para uso em projetos de inovação na EaD; o distanciamento entre o modelo educacional brasileiro baseado em currículos “bolha” e “caixinhas”, longe das realidades encontradas no cotidiano dos alunos e dos professores. A falta de investimento adequado em formação de pessoas para a EaD, subestimando o potencial da aprendizagem mediada e a distância, usando, em contrapartida, a pedagogia da transferência e massificação da aprendizagem etc.

Alguns recados fundamentais ficaram para mim na passagem e vivências durante o Congresso: mais do que nunca o humano deve ser o centro das atenções em qualquer modelo educacional quer pedagógico ou andragógico; a geração digital e a sociedade atual clamam por conteúdos essenciais, modulares, menores e de melhor qualidade, para que haja mais prática em lugar do professor teórico em salas de aula; que as metodologias ativas saiam do papel e assumam o dia a dia do ensino, da pesquisa e da aprendizagem, em qualquer área do conhecimento científico; que as tecnologias sejam, de fato, o grande colaborador do homem, como interfaces em seus projetos de inovação, criação, flexibilidade e acessibilidade.

Enfim, valeu a pena participar do 21º Congresso ABED Internacional de Educação a Distância, 2015, em Bento Gonçalves, RS, em todos os aspectos: da busca por novos horizontes educacionais, novos saberes, ao prazer de encontrar com amigos nascidos dos desafios de compreender e utilizar a EaD.  

Referências:

http://www.abed.org.br/hotsite/21-ciaed/pt/programacao/



[1] ABED, Associação Brasileira de Educação a Distância

[2] Singularidade Tecnológica - Quatro ciências e tecnologias do futuro, que se referem como NBIC: Nano-Bio-Info-Cogno, baseadas em inteligência artificial (Cordeiro, J. Luiz, 2015).

[3] - Ubiquidade - Onipresença; Circunstância ou condição daquilo que existe ou se encontra em todas as partes, locais, pessoas, objetos etc. O fato de estar ou existir concomitantemente em todos os lugares, pessoas, coisas. WIKCIONÁRIO, 2015.

[4] Um grupo de jogadores que jogam regularmente juntos e em particular em jogos por rede, normalmente como uma equipe. Geralmente nas mesmas funções, onde líderes e liderados se confundem. (Dicionário On line Português)

[5] O QR Code consiste de um gráfico 2D de uma caixa preto e branca que contém informações pré-estabelecidas como textos, páginas da internet, SMS ou números de telefone (Coelho, IG Tecnologias, 2015).

[6] - O termo Business Intelligence (BI), refere-se ao processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento de informações que oferecem suporte à gestão e transformam uma grande quantidade de dados brutos em informação útil para tomadas de decisões estratégicas. (Novato, 2014)

[7] Design Thinking significa acreditar que podemos fazer a diferença, desenvolvendo um processo intencional para chegar ao novo, a soluções criativas, e criar impacto positivo”, Design Thinking para educadores, outubro, 2015.

[8] LMS – Sistema de Gestão de Ensino a Distância


Data da publicação: 28 de outubro de 2017
Área de conhecimento: Gestão da EaD
Arquivo: Documento PDF 21 ciaed - relato 2015.pdf